O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O caminho oculto — Veneranda


11

A refeição

1 LOGO após, entrou Leonardo em casa, onde esperou o pai para o almoço.

2 Nem sequer olhou para a sua mamãe que ia afobada, de um lado para outro, atenta aos preparativos da refeição. Temendo o serviço, fechou-se no quarto, até que a voz materna se fizesse ouvir à porta, chamando-o carinhosamente.

3 O pai já havia chegado, preparando-se para o almoço. Viera suado, mas prazenteiro, carregando dois cestos pesados de morangos, cenouras, bananas e abacaxis.

4 Leonardo, porém, mantinha-se distante de qualquer expressão de reconhecimento e nem se dignou de reparar as frutas.

5 Posta a mesa em toalha muito limpa, debalde sua mamãe lhe recomendava compostura e silêncio.

6 O menino choramingava, entre lamentações e palavras feias.

— Onde está o meu bife? — Reclamava, gritando, em vista da ausência da carne.

7 — Sirva-se dos ovos, meu filho! Dizia sua mamãe carinhosa e boa.

— Não quero! Não quero!… — Exclamava o filho ingrato.

— As cenouras e batatas estão excelentes, — acentuava a senhora com desvelo.

8 O pequeno malcriado, no entanto, longe de corresponder à bondade dos pais, abandonou a mesa precipitadamente, dirigindo-se para a cozinha, onde bebeu quase um litro de leite às escondidas.


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Veneranda


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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