O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O caminho oculto — Veneranda


12

Zé Macaco

1 FINDO o almoço, sob o olhar materno, que revelava enorme preocupação, Leonardo tomou a pasta de livros e cadernos, pondo-se a caminho da escola.

2 O sítio de seus pais localizava-se nas imediações de grande cidade e o nosso amigo, durante o trajeto, num quilômetro da estrada marginada de grandes árvores, ia pensando consigo mesmo:
— “Como receberei os sinais do caminho para o Céu?”

3 Em breves minutos, penetrava as ruas bem tratadas, onde outras crianças, não menos descuidadas, uniram-se a ele, rumando para o grupo escolar.

4 Aproximava-se do estabelecimento de ensino, junto de três companheiros, quando avistou pobre homem esfarrapado, catando papéis velhos.
— Quem é aquele? — Perguntou o menor dos colegas.

5 Leonardo sorriu maliciosamente, dando a entender que havia encontrado excelente motivo para brincadeira. Assobiou, fortemente, e respondeu em voz gritante:
— É Zé Macaco!!!

6 Não contente com isso, acercou-se do mendigo dementado e exclamou de modo estridente:
— Má-cá-co! Má-cá-a-co!…

7 O infeliz tentou reagir, espantando as crianças vadias, mas Leonardo tomou de uma pedra e atirou-lhe à cabeça, sem piedade. A vítima gemeu de dor e afastou-se à pressa para estancar o sangue que escorria, abundante, da testa quebrada.

8 Receando os policiais, Leonardo e os outros meninos recolheram-se cautelosamente à casa da escola.


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Veneranda


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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