“Mas a graça foi dada a cada um de nós, segundo a medida do dom de Cristo.” — Paulo (Efésios, 4.7)
1 A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
2 O campo de luta permanece situado em nossa vida íntima.
Animalidade versus espiritualidade.
3 Milênios de sombras cristalizadas contra a luz nascente.
4 E o homem, pouco a pouco, entre as alternativas de vida e morte, renascimento no corpo e retorno à atividade espiritual, vai plasmando em si mesmo as qualidades sublimes, indispensáveis à ascensão, e que, no fundo, constituem as virtudes do Cristo, progressivas em cada um de nós.
5 Daí a razão de a graça divina ocupar a existência humana ou crescer dentro dela, à medida que os dons de Jesus, incipientes, reduzidos, regulares ou enormes nela se possam expressar.
6 Onde estiveres, seja o que fores, procura aclimatar as qualidades cristãs em ti mesmo, com a vigilante atenção dispensada à cultura das plantas preciosas, ao pé do lar.
7 Quanto à Terra, todos somos suscetíveis de produzir para o bem ou para o mal.
8 Ofereçamos ao Divino Cultivador o vaso do coração, recordando que se o “solo consciente” do nosso Espírito aceitar as sementes do Celeste Pomicultor, cada migalha de nossa boa vontade será convertida em canal milagroso para a exteriorização do bem, com a multiplicação permanente das graças do Senhor, ao redor de nós.
9 Observa a tua “boa parte” e lembra que podes dilatá-la ao Infinito.
10 Não intentes destruir milênios de treva de um momento para outro. Vale-te do esforço de autoaperfeiçoamento cada dia.
11 Persiste em aprender com o Mestre do Amor e da Renúncia.
12 Não nos esqueçamos de que a Graça Divina ocupará o nosso espaço individual, na medida de nosso crescimento real nos dons do Cristo.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em 1956 pela FEB e é a 25ª lição do
livro “Fonte viva.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.