1 Infeliz de quem segue mundo afora
De coração cerrado à luz da vida.
Infortunado o Espírito que chora
Sem um raio de fé n’alma oprimida!
2 Desventurado aquele que demora
Na noite de aflição indefinida,
Consumindo a esperança de hora em hora
Na descrença sem luz e sem guarida!…
3 Foi assim que busquei a morte escura,
Penetrando o portal da sepultura,
Louco de dor, em passos cambaleantes…
4 Mas, ao em vez de olvido, paz e nada
Encontrei a mim mesmo noutra estrada,
Triste só entre escombros fumegantes…
Arnold Souza
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