1 Não te rebeles contra o esquecimento em que te mergulhas, na experiência da Terra, e aprende a valorizar o minuto para materializar o bem, assim como o tecelão aproveita o fio para fazer a própria vestidura.
2 Sob a neblina da carne, reencontramo-nos pontualmente uns com os outros para corrigir e sublimar.
3 A consanguinidade, por isso mesmo, quase sempre é o bendito santuário do reajuste.
4 Aí dentro, nos altares invisíveis do coração, é possível desculpar sempre, ajudar sem repouso e repetir suaves lições de humildade, a fim de que nossa alma se desenfaixe de pesados compromissos com as sombras.
5 Não te preocupes se a memória anestesiada pela Misericórdia Divina se revela incapaz de reconhecer os adversários e as afeições de ontem.
6 Em ti mesmo, por tuas tendências e princípios, sabes quem foste. E, em teu lar, pelos conflitos e necessidades que a experiência doméstica te apresenta, sabes o que deves.
7 Somos ainda o reflexo do que somos.
8 Obtemos do mundo o que merecemos.
9 Desse modo, saibamos retificar o passado, com a observância do bem, nas horas do presente, e o porvir responder-nos-á com a seara de amor e luz, paz e alegria que nos propomos alcançar.
10 A luta terrestre é campo imenso, em cuja superfície podemos projetar as sementes da bondade, todos os dias.
11 Comecemos, porém, pelo canteiro de casa. Nossos pais e nossos filhos, o esposo e a esposa, o irmão e o amigo são leiras de espiritualidade, esperando por nossas demonstrações de concurso fraterno.
12 Não olvides a aplicação dos ensinamentos de Jesus, por onde segues, e o esquecimento transitório da vida física surgir-te-á como sendo a ponte bendita de acesso à sublimação integral.
Emmanuel