1 Meus filhos, a nova era
É divina primavera
Nascente, clara, louçã…
Ao sol do evangelho vivo,
Busquemos trabalho ativo,
Enquanto raia a manhã.
2 Partamos ao dia lindo.
Colhendo e distribuindo
As flores do amor cristão.
Convertamos nossa lida
Na bênção indefinida
De paz e de redenção.
3 Onde a mente enferma e pobre
De ignorância se cobre
Na treva em que se conduz
Passemos servindo, em bando,
Felizes, despetalando
Os lírios alvos da luz.
4 Onde a dor exibe chagas,
Angústias, misérias, pragas,
Desânimo e solidão,
Espalhemos com bondade
As rosas da caridade
Que nunca fenecerão.
5 Onde o frio é rijo açoite
Aos que choram sob a noite,
Sem a ternura de alguém,
Trazendo incentivo e lume,
Libertemos o perfume
Das açucenas do bem.
6 Onde a revolta se exprime,
Na mágoa, no horror, no crime,
Nas hecatombes até
Plantemos com segurança
Verdes palmas de esperança
Para a vitória da fé.
7 Comecemos desde agora,
Ao doce calor da aurora,
Servindo sem descansar.
Quem no Evangelho não dorme
Encontra colheita enorme
Nas bênçãos do Eterno Lar!…
8 E se alguém amaldiçoa
Nossa oferta humilde e boa,
Digamos sem aflição:
— “Por amor fazemos isto!…”
Sigamos com Jesus-Cristo,
Filhos do meu coração!
João de Deus
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