1 Quem queira seguir Jesus,
Em seus ásperos caminhos,
Não há de fugir-lhe à cruz,
Toda formada de espinhos.
2 Alguém talvez interrogue:
— “Esses espinhos quais são?”
E os entraves da jornada
Fornecem a explicação.
3 É a lágrima de quem pede,
É o sarcasmo do descrente,
É o logro do obsessor,
É a vaia de muita gente;
4 É a doença imaginária,
Sem trato que nos atenda,
É a tentação enfeitada
Que aparece de encomenda;
5 É a crítica do inimigo,
É o tapa do ignorante,
É a tesourinha das trevas
Que nos corta a todo instante;
6 É o vinagre da conversa
De quem não deseja a paz,
É o cochicho venenoso
De quem censura e não faz;
7 É o irmão desesperado
Que nos procura, a berreiros;
É a discussão agitada,
É a fuga de companheiros;
8 É a briga na parentela,
Criando desilusão;
É a hora do desalento
É o dia da solidão.
9 Meditemos nesse assunto:
Observar é dever.
Quem queira seguir Jesus
Tem muito espinho a vencer.
Jair Presente
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