1 — “Rua!… Rua, infeliz que me ensombraste o nome!…”
Clama o pai, a rugir para a filha que implora:
— “Não me expulses, meu pai!… Temo a noite, lá fora!…”
E ele mostra o punhal na fúria que o consome.
2 Voa o tempo a rolar, sem que a vida o retome…
Ele, desencarnado, ansioso e triste agora,
Traz à filha exilada o coração que chora,
Espírito a sofrer, em sede, chaga e fome.
3 Ela sente-lhe a dor, através da lembrança,
E dá-lhe um corpo novo, ante a luz que o descansa
Nos fios da oração, em celeste rastilho!…
4 E, mais tarde, no lar que os apascenta e acalma,
Ele diz: “Minha mãe, doce mãe de minhalma!…”
E ela diz a cantar: “Deus te abençoe, meu filho!…”
Narcisa Amália
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