“Aquele que faz caso do dia para o Senhor o faz.”— PAULO (Romanos 14.6)
1 A maioria dos homens não percebe ainda os valores infinitos do tempo.
2 Existem efetivamente os que abusam dessa concessão divina. Julgam que a riqueza dos benefícios lhes é devida por Deus.
3 Seria justo, entretanto, interrogá-los quanto ao motivo de semelhante presunção.
4 Constituindo a Criação Universal patrimônio comum, é razoável que todos gozem as possibilidades da vida; contudo, de modo geral, a criatura não medita na harmonia das circunstâncias que se ajustam na Terra, em favor de seu aperfeiçoamento espiritual.
5 É lógico que todo homem conte com o tempo, mas, se esse tempo estiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho?
6 Não obstante a oportunidade da indagação, importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma.
7 A velha expressão popular “matar o tempo” reflete a inconsciência vulgar, nesse sentido.
8 Nos mais obscuros recantos da Terra, há criaturas exterminando possibilidades sagradas. No entanto, um dia de paz, harmonia e iluminação, é muito importante para o concurso humano, na execução das leis divinas.
9 Os interesses imediatistas do mundo clamam que o “tempo é dinheiro”, para, em seguida, recomeçarem todas as obras incompletas na esteira das reencarnações… Os homens, por isso mesmo, fazem e desfazem, constroem e destroem, aprendem levianamente e recapitulam com dificuldade, na conquista da experiência.
10 Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida; entretanto, desde muitos séculos, o apóstolo nos afirma que o tempo deve ser do Senhor.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em 1948 pela FEB e é a 1ª lição do
livro “Caminho, verdade e vida.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.