1 Meus Amigos, Deus vos conceda muita paz.
2 O Espiritismo abre hoje a sua porta de esperança e de fé para todas as criaturas. 3 Não são poucos os que se sentem seduzidos pelas suas claridades maravilhosas, todavia, não duvideis de que a consolidação de uma crença está subordinada a uns tantos fenômenos íntimos que somente o coração de cada um pode testemunhar.
4 A Doutrina Consoladora dos Espíritos procura levar a todos os estudiosos a centelha de suas luzes divinas, seja elucidando o caminho complicado da ciência do século, seja esclarecendo os mais complexos problemas filosóficos.
Entretanto, uma pequena percentagem de investigadores pode compreender a sua grandeza.
5 Habituados às equações algébricas os espíritos cientificistas da época não lhe percebem a modalidade moral e religiosa, dentro de suas expressões consoladoras.
6 As mais extravagantes teorias são inventadas para reduzi-la a um mero sistema de hipóteses, à maneira da ciência humana que se transforma todos os dias, nas suas feições transitórias.
7 O subconsciente, a ilusão, os fenômenos alucinatórios são chamados para a eliminação de suas verdades e é daí que chegamos à conclusão de que o Espiritismo só pode ser aceito pela mentalidade individual, depois de profundamente sentido.
8 A sua doutrina pode ser estudada em todas as suas minúcias e no caminho das melhores experiências, todavia, somente o coração que já experimentou esses grandes momentos da vida, poderá interpretar-lhe a magnitude.
9 Aproximai-vos, assim, desse grande manancial, convictos de que a sua água cristalina de verdades eternas pode saciar-vos a sede de amor, de consolação e de conhecimento.
10 Estudai e aprendei.
11 A curiosidade e a dúvida são os pródromos de toda sabedoria, porém, nesse vasto caminho de revelações do Infinito, há necessidade de muito sentimento para a compreensão grandiosa das grandes verdades da vida.
12 Que guardeis em vossos corações esse elevado propósito, é o desejo sincero e a súplica a Jesus do amigo humilde.
Emmanuel
(Página recebida em Pedro Leopoldo, Minas, 22/8/1938.)