1 Nas estradas do mundo, no infinito,
Nas incontáveis eras milenárias,
Na aluvião de ideias multifárias,
O homem é o mesmo ser errante e aflito…
2 E ouve-se, a todo o tempo, o estranho grito.
De heroísmo das almas solitárias
Guias de luz dos miseráveis párias,
Saturadas de amor puro e bendito.
3 Mas segredos eternos e divinos
Pesam sobre a balança dos destinos,
Subjugando o mundo descontente;
4 E a Humanidade, ansiosa de bonança,
No mistério do sonho e da esperança,
Conquista o Céu, lutando eternamente
Antero de Quental
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