1 A alma presa das lágrimas terrenas,
Lembrando a alma que busca o mundo etéreo,
Hoje espalha na paz do cemitério
Um dilúvio de rosas e açucenas…
2 Mas das luzes puríssimas do império
Das plagas bonançosas e serenas,
Vimos nós mitigar as vossas penas,
Na divina jornada do mistério.
3 O nosso imensurável Campo-Santo
É toda a Terra, imersa em mágoa e pranto,
Onde estão nossos mortos soterrados.
4 No sepulcro da carne apodrecida,
No turbilhão de lágrimas da vida,
Entre as sombras da dor e dos pecados!…
Alphonsus de Guimaraens
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