O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice |  Princípio  | Continuar

Livro da Esperança — Emmanuel


19

Companheiros mudos

“Deixai vir a mim os pequeninos…” — JESUS — Marcos, 10.14.


“O Espírito, pois, enverga, temporariamente, a túnica da inocência e, assim, Jesus está com a verdade, quando, sem embargo da anterioridade da alma, toma a criança por símbolo da pureza e da simplicidade.” — Cap. VIII, 4.


1 Com excelentes razões, mobilizas os talentos da palavra, a cada instante, permutando impressões com os outros.

2 Selecionas os melhores conceitos para os ouvidos de assembleias atentas.

3 Aconselhas o bem, plasmando terminologia adequada para a exaltação da virtude.

4 Estudas filologia e gramática, no culto à linguagem nobre.

5 Encontras a frase exata, no momento certo, em que externas determinado ponto de vista.

6 Sabes manejar o apontamento edificante, em família.

7 Lecionas disciplinas diversas.

8 Debates problemas sociais.

9 Analisas os sucessos diários.

10 Questionas serviços públicos.

11 Indiscutivelmente, o verbo é luz da vida, de que o próprio Jesus se valeu para legar-nos o Evangelho Renovador.

12 Entretanto, nesta nota simples, vimos rogar-te apoio e consolação para aqueles companheiros a quem a nossa destreza vocabular não consegue servir em sentido direto.
Comparecem, às centenas, aqui e ali…

13 Jazem famintos e não comentam a carência de pão.


14 Amargam dolorosa nudez e não reclamam contra o frio.

15 Experimentam agoniadas depressões morais, sem pedirem qualquer reconforto à ideia religiosa.

16 Sofrem prolongados suplícios orgânicos, incapazes de recorrer voluntariamente ao amparo da medicina.

17 Pensa neles e, de coração enternecido, quanto puderes, oferece-lhes algo de teu amor, através da peça de roupa ou da xícara de leite, da poção medicamentosa ou do minuto de atenção e carinho, porque esses companheiros mudos e expectantes que nos rodeiam são as criancinhas necessitadas e padecentes que não podem falar.


Emmanuel



(Reformador, março de 1963, p. 58)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir