O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Leis de amor — Emmanuel — F. C. Xavier / Waldo Vieira


III

Escolha social e profissional

1. — Podemos avaliar as nossas existências passadas, somente através de lutas e provações?

Não te fala o pretérito exclusivamente através das provas que te aguilhoam a vida.


2. — A profissão nos concede oportunidades de reajuste?

Observa as oportunidades de reajuste e aperfeiçoamento, que o mundo te concede na esfera da profissão. A criatura renasce, gravitando para o campo de serviço em que se lhe afinam disposições e tendências.


3. — A que critério obedece a colocação da inteligência no campo profissional?

Cada inteligência é situada no lugar em que possa produzir mais e melhor.


4. — É a fatalidade que faz a pessoa escolher determinada profissão?

Certamente que a situação da personalidade em determinada carreira não obedece à fatalidade. Livre arbítrio no mundo interior comanda sentimentos e ideias, palavras e atos do Espírito, constantemente.


5. — Quando podemos renovar o destino?

Todo dia é tempo de renovar o destino.


6. — Podemos, sem dificuldade, renovar o destino, hoje mesmo?

Na esfera dos deveres comuns, o Espírito granjeia, através de abnegação e serviço espontâneo, valiosos recursos de ação, de modo a refundir, facilmente, os próprios caminhos.


7. — A Lei Divina apresenta meios especiais de proporcionar-nos corrigenda e libertação?

Somos defrontados nas atividades profissionais de hoje com antigos devedores da Lei, chamados a funcionar no trabalho ou nas obras em que eles próprios faliram ontem, com dilatadas possibilidades de obtenção do próprio resgate; quase sempre aqueles mesmos junto dos quais se verificaram nossos próprios delitos ou deserções em existências passadas. Em nosso benefício, a Lei nos faculta empreendimentos e obrigações junto deles, a fim de que possamos pagar débitos ou vencer antipatias e inibições, respirando-lhes o clima e renteando-lhes a presença.


8. — O que fazem frequentemente, hoje, os pensadores que ontem intoxicaram a mente popular?

Pensadores que antigamente corrompiam a mente popular com as depravações de espírito já em vias de autoburilamento, formam agora entre professores laboriosos, aprendendo a ministrar disciplinas, à custa do próprio exemplo.


9. — E os antigos conquistadores militares que praticaram excessos?

Tiranos que não vacilaram em forjar a miséria física e moral dos semelhantes, na exaltação dos princípios subalternos em que se envileciam, voltam, depois das medidas iniciais da própria corrigenda, na condição de administradores capacitados à distribuição de valores e tarefas edificantes.


10. — E os dominadores políticos que dilapidaram a confiança do povo?

Políticos que dilapidaram a confiança do povo, quando já situados nas linhas do reajuste, retornam, no comércio ou na agricultura, com valiosa oportunidade de transpirar no auxílio àquelas mesmas comunidades que deprimiram.


11. — E os guerreiros e soldados?

Guerreiros e soldados que se valiam das armas para assegurarem imunidades aos instintos destruidores, quando internados na regeneração começante, transfiguram-se em mecânicos e operários modeladores, dignificando o metal e a madeira que eles próprios perverteram em outras épocas.


12. — E os carrascos rurais?

Verdugos rurais, agiotas desnaturados, defraudadores da economia pública e mordomos do solo, convertidos em agentes do furto, modificados ao toque do bem, volvem na posição de servidores limitados da gleba, suando de sol a sol, no pagamento das dívidas, a que se empenharam, imprevidentes.


13. — E as mulheres que se ocuparam da maledicência e da intriga?

Mulheres distintas que se ocuparam da maledicência e da intriga, prejudicando a liberdade e o progresso, após reconhecerem os próprios erros, tornam, em regime de transitório cativeiro, ao recinto doméstico, aprisionadas em singelas obrigações, junto de caçarolas e tanques de lavar.


14. — O que significa, enfim, para nós, o trabalho que a Terra nos dá?

Reflete na profissão que desempenhas e encontrarás dentro dela os sinais do teu próprio passado e usando-a, não apenas emteu próprio favor, mas em favor de todos aqueles que se aproximarem de ti, reconhecerás, no trabalho que a Terra te deu, iluminada porta libertadora para o grande futuro.


Emmanuel




QUESTIONÁRIO

1. — Podemos avaliar as nossas existências passadas, somente través de lutas e provações?
2. — A profissão nos concede oportunidades de reajuste?
3. — A que critério obedece a colocação da inteligência no campo profissional?
4. — É a fatalidade que faz a pessoa escolher determinada profissão?
5. — Quando podemos renovar o destino?
6. — Podemos, sem dificuldade, renovar o destino, hoje mesmo?
7. — A Lei Divina apresenta meios especiais de proporcionar-nos corrigenda e libertação?
8. — O que fazem frequentemente, hoje, os pensadores que ontem intoxicaram a mente popular?
9. — E os antigos conquistadores militares que praticaram excessos?
10. — E os dominadores políticos que dilapidaram a confiança do povo?
11. — E os guerreiros e soldados?
12. — E os carrascos rurais?
13. — E as mulheres que se ocuparam da maledicência e da intriga?
14. — O que significa, enfim, para nós o trabalho que a Terra nos dá?



(Este capítulo foi psicografado por Waldo Vieira.)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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