1 Não te despreocupes da verdadeira propriedade, para que a propriedade irrisória não te perturbe o roteiro e encegueça o coração.
2 Há bens inalienáveis e preciosos que podes perfeitamente conduzir contigo do caminho terrestre para o Mundo Espiritual.
3 Para isso, é indispensável saibas usar os talentos que a Sabedoria da Vida te confiou.
4 Cada dia, em toda parte, dispões da riqueza das horas para as mais nobres aquisições.
5 Conquista com as próprias mãos a experiência do trabalho que te aprimora e te eleva.
6 Adquire com os próprios olhos a seleção do bem, assegurando a alegria daqueles que te cercam.
7 Arquiva nos ouvidos a prudência e a serenidade que te conferirão a luz do discernimento.
8 Entesoura com o próprio verbo a felicidade de auxiliar, vazando do escrínio da própria alma as joias da compreensão e da paz, alicerçando a alegria onde pisem teus pés.
9 Amealha os valores da educação que te possam içar o espírito aos cimos da cultura e do aprimoramento.
10 Não olvides que o serviço ao próximo, que o dever bem cumprido, que o estudo edificante e que o gesto de bondade, nas faixas do espaço e do tempo, constituem a bagagem que te aliciará o tesouro da simpatia hoje e amanhã, aqui e além…
11 Não te limites à caridade do menor esforço que se estende facilmente a preço de supérfluo.
O dinheiro que mobilizas para o conforto alheio é uma bênção, mas o esforço que despendes para que a vida se faça melhor com o teu concurso é virtude rara a se te incorporar no próprio caráter.
12 Dar o que retemos é devolver ao mundo a quota de nosso débito, mas doar a nós mesmos, a benefício dos outros, através de nosso suor, de nossa renúncia, de nosso silêncio ou de nosso sorriso, é realizar o investimento da verdadeira felicidade que nos seguirá da sombra terrestre à Luz Espiritual.
Emmanuel