1 Lembra-te de que ninguém avança sem companhia.
Toda obra pede auxílio e cooperação.
2 A árvore protege a fonte, tanto quanto a fonte alimenta a árvore.
3 O pão que extingue a fome é filho da compaixão do solo que nutriu a semente, da renúncia da semente que germinou para o sol e da força do sol que amparou a terra obscura e sustentou a semente frágil.
4 Assim também, vida afora, nas empresas que o mundo te conferiu, não prescindirás de braços amigos que te estendam socorro e fraternidade.
5 Todavia, não basta exponhas a outrem as necessidades que te afligem, nem vale te desmandes na queixa, encarecendo perante alheios ouvidos a angústia de teus problemas, a fim de que a verdadeira amizade se te revele, eficiente e prestigiosa.
6 Indispensável saibas abrir as portas dos corações para que te não falte concurso às construções da existência.
7 Corações que, muitas vezes, jazem trancados na avareza, afogados no vinagre da aflição ou deprimidos nos espinheiros do sofrimento.
8 Corações que padecem a flagelação do egoísmo, a paralisia do orgulho, o desvario da vaidade, a chaga da ignorância e o assalto do desalento.
9 Não te impressione, porém, a seara da treva em que se mergulham. Quase todos esperam apenas a chave de luz que lhes descerre a passagem da noite para o dia, para a luz da libertação.
10 Avizinha-te deles com ternura e bondade, sem agravar-lhes a dor.
Desvenda-lhes o próprio ser, em forma de compreensão e serviço e todos virão ao teu encontro, sustentando-te os passos na tarefa a que te impuseste na vida, porque, em verdade é da lei do Senhor que alma alguma resista ao toque da humildade com a chave da gentileza.
Emmanuel