O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Justiça divina — Emmanuel


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Invocações

Reunião pública de 4-9-1961.

1ª Parte — Cap. X — Item 9.


1 Ouviste opiniões contraditórias, referentes às invocações na Doutrina Espírita.

2 Adversários gratuitos pretenderam insinuar que nos reuníamos, imitando magos e sibilas da antiguidade, a explorar sortilégios e filtros supostamente milagrosos.

3 Outros, sem analisar-nos os princípios, entenderam acreditar que tomamos os recursos psíquicos para exibições de hipnotismo vulgar, como se categorizássemos os medianeiros da Nova Revelação por jograis e fantoches.

4 É imperioso anotar, contudo, que toda a formação espírita guarda raízes nas fontes do Cristianismo simples e claro, com finalidades morais distintas, no aperfeiçoamento da alma, expressando aquele Consolador que Jesus prometeu aos tempos novos.


5 Não admitas, portanto, pudéssemos converter as lições do Mestre em práticas e fórmulas cabalísticas. Todos os ensinamentos do Cristo vibram puros, em nossos postulados, com os amplos desenvolvimentos que a Codificação Kardequiana lhes imprimiu.

6 Em nossas assembleias, hipotecamos o apreço devido a todas as crenças e confissões.

7 Respeitamos os irmãos da Cristandade, que, em postura determinada, invocam a Presença Divina e a proteção dos Espíritos santificados, em preces de confiança e cânticos de louvor.

8 Respeitamos os irmãos do Islamismo que, diversas vezes por dia, invocam a bênção de Alá.

9 Respeitamos os irmãos do Budismo que, através da liturgia que lhes é própria, invocam a paz de Çakia, o Bem-Aventurado.

10 Respeitamos os irmãos do Moisaísmo que, por vários preceitos, invocam o amparo do Senhor Todo-Poderoso.

11 Também nós, em nos associando, invocamos a inspiração do Divino Mestre e o concurso dos instrutores domiciliados na Vida Maior, a fim de que possamos orar e estudar a verdade, aprendendo porque oramos e cremos, de vez que, na Doutrina Espírita, sem pompas de culto externo e sem rituais de qualquer procedência, somos chamados à fé, capaz de encarar a razão face a face.

12 Quanto à atitude religiosa que abraçamos, de permeio com as indagações científicas e com as exposições filosóficas da nossa Doutrina Libertadora, ninguém pode olvidar que Allan Kardec, evidenciando a necessidade de aliança do raciocínio e do sentimento, nas jornadas do Espírito, iniciou a obra monolítica da Codificação perguntando pela essência de Deus.  ( † )


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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