Reunião pública de 5-5-1961.
1ª Parte — Cap. I — Item 12.
1 Acende a flama da reverência, onde observes lisura na ideia religiosa.
2 Lembremo-nos, com o devido apreço aos irmãos que esposam princípios diferentes dos nossos, de que existem tantos modos de expressar confiança no Criador quantos são os estágios evolutivos das criaturas.
3 Há os que pretendem louvar a Infinita Bondade, manejando borés; 4 há os que se supõem plenamente desobrigados de todos os compromissos com a própria crença, tão somente por se entregarem a bailados exóticos; 5 há os que se cobrem de amuletos, admitindo que o Eterno Poder vibre absolutamente concentrado nas figurações geométricas; 6 há os que fazem votos de solidão, crendo agradar aos Céus, fugindo de trabalhar; 7 há os que levantam santuários de ouro e pedrarias, julgando homenagear o Divino Amor; 8 e há, ainda, os que se presumem detentores de prerrogativas e honras especiais, pondo e dispondo nos assuntos da alma, como se Deus não passasse de arruinado ancião, ao sabor do capricho de filhos egoístas e intransigentes.
9 Ainda assim, toda vez que se mostrem sinceros, não lhes negues consideração e respeito.
10 Quase sempre, são corações infantis, usando símbolos como exercícios da escola, ou sofrendo sugestões de terror para se acomodarem à disciplina.
11 Contudo, não lhes abraces as ilusões, a pretexto de honorificar a fraternidade, porque a verdadeira fraternidade se movimenta a favor dos companheiros de evolução, clareando-lhes o raciocínio sem violentar-lhes o sentimento.
12 É preciso não engrossar hoje as amarras do preconceito, para que o preconceito não se faça crueldade amanhã, perseguindo em nome da caridade ou supliciando em nome da fé.
13 Se a Doutrina Espírita já te alcançou o entendimento, apoiando-te a libertação interior e ensinando-te a religião natural da responsabilidade com Deus em ti mesmo, recorda a promessa do Cristo:
— “Conhecereis a verdade e a verdade, afinal, vos fará livres.” ( † )
Emmanuel