Reunião pública de 23-1-1961.
1ª Parte — Cap. VII — Item 3 — § 8.
1 Não esperarás pela fortuna, a fim de servir à beneficência.
2 Muitas vezes, na pesquisa laboriosa do ouro, gastarás o próprio corpo, em cansaço infrutífero.
3 Cede, hoje ainda, a pequena moeda de que dispões, em favor dos necessitados.
4 O vintém que se transforma no pão do faminto vale mais que o milhão indefinidamente sepultado no cofre.
5 Não requestarás a glória acadêmica para colaborar na instrução.
6 Muitas vezes, na porfia da conquista de lauréis para a inteligência, desajustarás, debalde, a própria cabeça.
7 Ampara, hoje ainda, o irmão que anseia pelo alfabeto.
8 Leve explicação que induza alguém a libertar-se da ignorância, vale mais que o diploma nobre guardado inútil.
9 Não exigirás ascensão ao poder humano a fim de proteger as vidas alheias.
10 Muitas vezes, na longa procura de autoridade, consumirás, em vão, o ensejo de auxiliar.
11 Acende, hoje ainda, para essa ou aquela criança extraviada, a luz do caminho certo.
12 Pequeno gesto edificante, que incentiva um menino a buscar o melhor, vale mais que a posição brilhante sem proveito para ninguém.
13 Não solicitarás feriado para socorrer os aflitos.
14 Muitas vezes, reclamando tempo excessivo para cultivar a fraternidade, perderás, improficuamente, o tesouro dos dias.
15 Estende, hoje ainda, alguma palavra confortadora aos companheiros que a provação envolve em lágrimas.
16 Uma hora de esclarecimento e esperança, no consolo aos que choram, vale mais que um século de existência, amarrado à preguiça.
17 Não percas ocasião para o teu heroísmo, nem aguardes santidade compulsória para demonstrações de virtudes.
18 Comecemos a cultura das boas obras, hoje ainda, onde estivermos, porque toda migalha do bem, com quem for e onde for, é crédito acumulado ou começo de progresso na justiça de Deus.
Emmanuel