Reunião pública de 20-1-1961.
1ª Parte — Cap. V — Item 6.
1 Voltando à Pátria Espiritual, depois da morte, estamos frequentemente na condição daquele filho pródigo da parábola, ( † ) de retorno à casa paterna para a bênção do amor.
Emoção do reencontro.
Alegria redescoberta.
2 Entretanto, em plena festa de luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva de cérebro deslumbrado, trazendo espinhos no coração.
3 Por fora, é o carinho que nos reúne.
Por dentro, é o remorso que nos fustiga.
4 Vanguarda que fulgura.
Retaguarda que obscurece.
5 Êxtase e dor.
Esperança e arrependimento.
6 Reconhecidos às mãos luminosas que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos sombrias que oferecemos.
7 E porque a Lei nos infunde respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios o necessário burilamento e a suspirada felicidade.
8 Rogamos, dessa forma, a reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que interrompemos e a afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso menosprezado, famintos de reajuste.
9 Agradece, assim, o lugar de prova em que te situas.
10 Corpo doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são oportunidades que se renovam.
11 Todo título exterior é instrumentação de serviço.
12 A existência terrestre é o bom combate. ( † )
13 Defeito e imperfeição, débito e culpa são inimigos que nos defrontam.
14 Aperfeiçoamento individual é a única vitória que não se altera.
15 E, em toda a parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos.
Emmanuel