O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice |  Princípio  | Continuar

Instruções psicofônicas — Autores diversos


58 n

Lembrando Allan Kardec

Na noite de 31 de março de 1955, na parte final de nossas tarefas a instrumentação mediúnica foi ocupada pelo Espírito de Leopoldo Cirne, n o grande paladino do Espiritismo no Brasil, que, com fervoroso entusiasmo, exaltou a imorredoura figura do Codificador de nossa Doutrina.

Relembrando Allan Kardec, Cirne convida-nos, a todos nós que integramos a comunidade espírita, ao estudo metódico das obras kardequianas, que sintetizam o roteiro das verdades eternas.


1 Meus amigos, seja conosco a paz do Senhor Jesus.

2 Celebrando hoje a coletividade espírita o octogésimo sexto aniversário da desencarnação de Allan Kardec, será justo erguer um pensamento de carinho e gratidão, em homenagem ao Codificador de nossa Doutrina, cujo apostolado nos religou ao Cristianismo simples e puro, descortinando amplos rumos ao progresso da Humanidade.

3 Recordando-lhe a memória, não refletimos apenas no alvião renovador que a sua obra representa na desintegração dos quistos dogmáticos que se haviam formado no mundo pelos absurdos afirmativos da religião e pelos absurdos negativos da ciência, mas, também, na luz de esperança que o seu ministério vem constituindo, há quase um século, para milhões de almas que vagueavam perdidas nas trevas do materialismo, entre o desânimo e a desesperação.

4 O Espiritismo marcha vitoriosamente na Terra, traçando normas evolutivas e colaborando, por isso, na edificação do mundo novo; entretanto, nas elevadas realizações com que se exorna, particularmente em nosso vasto setor de ação no Brasil, é imperioso não esquecer o apóstolo que, muitas vezes, entre a hostilidade e a incompreensão, batalhou e sacrificou-se para ser fiel ao seu augusto destino.

5 Saudando-lhe a missão venerável, pedimos vênia para sugerir, por vosso intermédio, a todos os cultivadores de nosso ideal, localizados em nossas múltiplas arregimentações doutrinárias, a criação de núcleos de estudo das lições basilares da Codificação, n com o aproveitamento dos companheiros mais entusiastas, sinceros e responsáveis, em nosso movimento libertador, a fim de que as atividades tumultuárias, seja na composição do proselitismo ou no socorro às necessidades populares, não abafem a voz clara e orientadora do princípio.

6 Na distância de oitenta e seis quilômetros, além do nascedouro, a fonte estará inevitavelmente contaminada pelos elementos estranhos que se lhe agregam ao corpo móvel.

7 Não nos descuidemos, assim, da corrente cristalina do manancial de nossas diretrizes, instituindo cursos de análise e meditação dos livros kardequianos para todos os aprendizes de boa vontade.

8 Estudemos e trabalhemos, amemo-nos e instruamo-nos, para melhorar a nós mesmos e para soerguer a vida que estua, soberana, junto de nós.

9 A obra gloriosa do Codificador trouxe, como sagrado objetivo, a recuperação do amor e da sabedoria, da fraternidade e da justiça, da ordem e do trabalho, entre os homens, para a redenção do mundo.

10 Não lhe olvidemos, pois, a salvadora luz e, acendendo-a em nosso próprio espírito, repitamos reconhecidamente:

— Salve Allan Kardec!


Leopoldo Cirne



[1] [Vide: Estudos espíritas.]


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir