O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Instruções psicofônicas — Autores diversos


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Em busca do Mestre

Na noite de 18 de março de 1954, os apontamentos educativos, na fase terminal da reunião, foram trazidos por Meimei, n a irmã responsável pelas tarefas do Grupo, que enfeixou em sua mensagem falada, aqui transcrita, todo um poema evangélico, incentivando-nos ao trabalho de comunhão com o Senhor.


1 Aos ouvidos da Alma atormentada, que lhe pedia a comunhão com Jesus, respondeu, generoso, o mensageiro celestial:

— Sim, em verdade reconheces no Cristo o Senhor, mas não te dispões a servi-lo…

2 Clamas por Ele, como sendo a Suma Compaixão, todavia, ainda te acomodas com a maldade…

3 Não te cansas de anunciá-lo por Luz dos Séculos, entretanto, não te afastas da sombra…

4 Dizes que Ele é o Amor Infinito, mas ainda te comprazes na agressividade e no ódio…

5 Afirmas aceitá-lo por Príncipe da Paz e não vacilas em favorecer a discórdia…

6 — Contudo, — suplicou a Alma em pranto, — tenho fome de consolo, no aflitivo caminho em que se me alongam as provações… Que fazer para encontrar-lhe a presença redentora?!…

7 — Volta ao combate pela vitória do bem e não desfaleças! — Acrescentou o emissário celeste. — Ele é teu Mestre, a Terra é tua escola, o corpo de carne a tua ferramenta e a luta a nossa sublime oportunidade de aprender. Se já lhe recolheste a lição, sê um traço d’Ele, cada dia…   8 Ama sempre, ainda que a fogueira da perseguição te elimine a esperança, estende os braços ao próximo, sem esmorecer, ainda que o fel das circunstâncias adversas te envenene a taça de solidariedade e carinho!… 9 Sê um raio de luz nas trevas e a mão abnegada que insiste no socorro fraternal, ainda mesmo nos lugares e nas situações em que os outros hajam desistido de auxiliar… Vai! Esquece-te e ajuda no silêncio, assim como no silêncio recolhes d’Ele o alento de cada instante! 10 Não pretendas improvisar a santidade e nem esperes partilhar-lhe, de imediato, a glória sublime! Ouve! Basta que sejas um traço do Senhor, onde estiveres!…

11 Aos olhos da Alma supliciada desapareceu a figura do excelso dispensador dos Talentos Eternos.

12 Viu-se, de novo, religada ao corpo, sob desalento inexprimível…

13 Contudo, ergueu-se, enxugou os olhos doridos e, calando-se, procurou ser um traço do Mestre cada dia.

14 Correu, célere, o tempo.

15 Amou, tolerou, sofreu e engrandeceu-se…

16 O mundo feriu-a de mil modos, os invernos da experiência enrugaram-lhe a face e pratearam-lhe os cabelos, mas um momento surgiu em que os traços do Mestre como que se lhe gravaram no íntimo…

17 Viu Jesus, com todo o esplendor de sua beleza, no espelho da própria mente, no entanto, não dispunha de palavras para transmitir aos outros qualquer notícia do divino milagre…

18 Sabia tão somente que transportava no coração as estrelas da alegria e os tesouros do amor.


Meimei


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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