O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Intercâmbio do bem — Familiares diversos


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Cláudia Cunha

29 AGOSTO 1966 — 12 JULHO 1983

Cláudia nasceu em Uberlândia (MG), porém, passou a maior parte de sua vida na capital paulista, em companhia da mãezinha Marta e da avó Carlita.

Seu pai, José Vicente, desencarnara em 1970. Alegre, comunicativa, trabalhava como recepcionista em um escritório de engenharia, e, à noite, cursava a 7ª série ginasial.

Assim se refere D. Marta, sobre a mensagem recebida:

“Apesar de ter uma criação espírita, fiquei muito chocada com o acontecimento. Com o auxílio de D. Yolanda Cezar, fui a Uberaba entrevistar-me com Chico Xavier. Eram 40 pessoas, com os mais variados problemas, e, destas, somente quatro foram agraciadas com mensagens. Fiquei muito feliz e conformada, pois, foi um bálsamo para o meu coração. Veio comprovar o que meu íntimo dizia: A Cláudia fora bem recebida, estava bem e em breve orientar-me-ia nas minhas tarefas, aqui na Terra.”




MENSAGEM


1 Mãezinha Marta, abençoe-me. Não permita que as lágrimas continuem a lhe sulcar o rosto. Estou bem.

2 Saudades não faltam, a mãezinha e a vovó Carlita sempre foram os meus dois amores. E não poderia sofrer a lesão da distância sem lutar comigo mesma, a fim de não esmorecer.

3 Mãezinha, a visita da provação final do corpo físico chegou a mim quando fitava a relva, meditando na bênção da esperança. A máquina me colheu de súbito, sem que eu pudesse raciocinar. Por minutos, ainda consegui elevar ao Pai Misericordioso as minhas preces de ansiedade, nas quais você e a vovó eram minhas estrelas. O que me acontecia?

4 Ignorava se me afastava de vocês duas, as abençoadas âncoras que me seguravam na Terra, ou se eram vocês que se distanciavam de mim. Sem capacidade para articular novos pensamentos, rendi-me ao torpor que me apagou a memória temporariamente.

5 Despertei sob a proteção do papai Vicente e de minha querida bisavó n que me acolheram, qual se eu lhes fosse uma criança.

6 Esclareceram-me que a ideia da morte me povoava frequentemente o cérebro, porque eu sabia intuitivamente que a minha permanência no mundo físico era um estágio de complementação de trabalho, que eu deixara na retaguarda e precisava vencer.

7 Mamãe, não chore mais, pensando que eu esteja relegada à dificuldade ou ao desamparo. A assistência dos entes amados não me faltou em momento algum.

8 Agradeço as preces e as vibrações de amor que me dedicam. Essas duas lembranças nos alimentam o espírito e nos renovam a força para a continuidade de nossa busca do melhor de nós mesmas.

9 Peço-lhes. A ninguém culpem pelo atropelamento; todas as sombras passam e as recordações dolorosas das ocorrências que me cercaram a vinda para a Vida Espiritual já se desfizeram na luz de nossas orações.

10 Estou ainda na posição da discípula iniciante no conhecimento da Espiritualidade, mas logo possa obter recursos para ser útil, creia, mãezinha Marta, que estarei ao seu lado para colaborar consigo em todos os afazeres, nos quais a minha presença ou a minha influência se lhe façam proveitosas.

11 Abrace a vovó Carlita por mim e receba o beijo de muito carinho e de muita gratidão de sua filha do coração, sempre mais sua filha, por ser sempre a sua,


Cláudia

Cláudia Cunha  

10 de dezembro de 1984. 


Caio Ramacciotti

Paulo de Tarso Ramacciotti



[3] Bisavó Maria — desencarnada há mais de 70 anos.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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