1 Provações e problemas, habitualmente, são testes de resistência, necessários à evolução e aprimoramento da própria vida.
2 A paciência é a escora íntima que auxilia a criatura a atravessá-los com o proveito devido.
3 O desespero, entretanto, é a sobretaxa de sofrimento que a pessoa impõe a si mesma, complicando todos os processos de apoio que a conduziriam à tranquilidade e ao refazimento.
4 O desespero é comparável a certo tipo de alucinação, estabelecendo as maiores dificuldades para aqueles que o hospedam na própria alma.
5 Em conflitos domésticos, inspira as vítimas dela a pronunciar frases inoportunas, muitas vezes separando os entes amados, ao invés de uni-los. 6 Nos eventos sociais que demandam prudência e serenidade, suscita a requisição de medidas que prejudicariam a vida comunitária se fossem postas em prática no imediatismo com que são exigidas. 7 Nas reivindicações justas, costuma antecipar declarações e provocar acontecimentos n que distanciam os beneficiários das vantagens que lhes caberiam atingir. 8 Nas moléstias do corpo físico, por vezes, encoraja o desrespeito pela dosagem dos medicamentos, no doente que precisa da disciplina, em favor da própria cura.
9 Disse Jesus: “Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados”, ( † ) mas urge reconhecer que os aflitos inconformados, sempre acomodados com o desespero, acima de tudo, são enfermos que se candidatam a socorro e medicação.
Emmanuel
[1]
Houve omissão do seguinte texto no livro impresso: “que distanciam os
beneficiários das vantagens”. Tivemos acesso à cópia do manuscrito dessa mensagem, que encontra-se sob a
custódia do Dr. Eurípedes Higino, filho adotivo do Chico.