“Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: — Eu sou a luz do mundo; quem me segue, não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” — (João, 8.12)
1 Há crentes que se não esquivam às imposições do culto exterior. Reclamam a genuflexão e o público trovejante, de momento a momento.
2 Preferem outros o comentário leviano, acerca das atividades gerais da fé religiosa, confiando-se a querelas inúteis ou barateando os recursos divinos.
3 A multidão dos seguidores, desse tipo, costuma declarar que as atitudes externas e as discussões doentias representam para ela sacrossanto dever; contudo, tão logo surgem inesperados golpes do sofrimento ou da experiência na estrada vulgar, precipita-se em sombrio desespero, recolhendo-se em abismos sem esperança.
4 Nessas horas cinzentas, os aprendizes sentem-se abandonados e oprimidos, mostrando a insuficiência interna. Muitos se fazem relaxados nas obrigações, afirmando-se desprotegidos de Jesus ou esquecidos do Céu.
5 Isso ocorre, porém, porque não ouviram a revelação divina, qual se faz necessário.
6 O Mestre não prometeu claridade à senda dos que apenas falam e creem. Assinou, no entanto, real compromisso de assistência contínua aos discípulos que o seguem. 7 Nesse passo, é importante considerar que Jesus não se reporta a lâmpadas de natureza física, cujas irradiações ferem os olhos orgânicos. Assegurou a doação de luz da vida. 8 Quem efetivamente se dispõe a acompanhá-lo, não encontrará tempo a gastar com exames particularizados de nuvens negras e espessas, porque sentirá a claridade eterna, dentro de si mesmo.
9 Quando fizeres, pois, o costumeiro balanço de tua fé, repara, com honestidade imparcial, se estás falando apenas do Cristo ou se procuras seguir-lhe os passos, no caminho comum.
Emmanuel
[1] O título entre parênteses é o da mensagem original publicada em 1952 pela FEB e é a 146ª lição do
livro “Vinha de luz.” — Esse capítulo foi restaurado: Texto do livro impresso.