“Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.” — (Lucas, 24.45)
1 Em geral, encontram-se queixosos em todos os núcleos de atividade cristã, alegando dificuldades para o justo entendimento do Evangelho.
2 Alguns leem os versículos mais simples, devoram os capítulos mais belos e permanecem atônitos, surpreendidos.
3 Por que lhes indicaria a fonte evangélica, se as palavras dos textos diferem tanto de sua situação? — Perguntam eles.
4 Sentem-se desiludidos, atordoados de incompreensão.
Entretanto, o fenômeno deriva-se do jogo de experiências e nada mais.
É indispensável insistir sempre às portas do entendimento.
5 Há frases e textos difíceis?
Convém procurar-lhes a extensão, para encontrar-lhes a Sabedoria e a Beleza.
6 Estudo e observação do Evangelho também constituem trabalho, e da mais alta envergadura.
7 A vaidade e a presunção costumam abandonar o serviço na antecâmara da imensa Oficina de Luz e, antes que houvessem contemplado as Fontes Eternas, voltam-se para o mundo, difundindo as sombras da influenciação que lhes é própria, entre a ironia e o escárnio.
8 Não se precatam de que toda aquisição demanda esforço e perseverança.
O menor título de competência profissional no mundo requer fervor e boa vontade no trabalho.
9 Seria possível, portanto, que as Posses Eternas fossem simples objetos de aquisição mecânica, à margem do caminho?
10 A realização espiritual é serviço supremo do espírito.
É imprescindível buscar-lhe as expressões, a golpes de vontade e determinação.
11 Somente as almas ainda superficiais pedem soluções absolutas às letras evangélicas.
12 O discípulo sincero não ignora que é preciso trabalhar por absorver-se na Luz Divina do Espírito e, ao passo que se esforça, está convencido de que o Senhor lhe virá ao encontro, abrindo-lhe o entendimento.
Emmanuel