O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Gaveta da esperança — Mensagens familiares de Laurinho


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Aceitação

A primeira carta, recebida seis meses após a desencarnação de nosso filho, quando ainda estávamos naquele desespero total — procurando algo que nos convencesse da verdade, ou melhor, nos trouxesse uma explicação convincente — veio amenizar nossa dor, mas, ao mesmo tempo, nos deixou confusos, porque não possuíamos nenhum conhecimento da Doutrina Espírita.

Vínhamos de família católica, necessitados de encontrar a Verdade, e começamos a estudar a Doutrina, procurando os ensinamentos de Jesus no Evangelho, iniciando a nossa verdadeira aproximação com a Fé.

Não existe aí fingimentos: ou somos, verdadeiramente, cristãos autênticos, ou não o somos.

Confessamos que só mesmo na Doutrina Espírita encontramos o remédio e a resposta necessária para tudo o que vínhamos procurando desenfreadamente.

Pelas palavras, ou melhor, pelo primeiro período da carta que recebemos, já temos prova de que, apesar de tudo, é preferível uma aceitação consciente, entregando-se racionalmente a Deus aquilo que temos de mais precioso: um filho.

Elevando-nos em preces e súplicas a Jesus, para que nossos filhos possam estar bem, com este simples propósito, estaremos ajudando nossos entes queridos na aceitação da Vida Verdadeira, para a qual foram chamados.

Eis a primeira mensagem, recebida em 16 de julho de 1977, em Uberaba, em reunião pública, psicografada por Francisco Cândido Xavier:


1 Querida mãezinha Priscilla, peço a sua bênção.

2 Tive permissão para vir até aqui pedir à senhora para que não chore tanto. Peço à senhora e à mãe Lourdes me ajudarem a ficar mais calmo.

3 À Selma rogo pedir às nossas queridas Rachel, Yolanda Lucila a mesma coisa.

4 Mãezinha, eu não vim para cá fora das Leis de Deus. Ninguém teve culpa no carro de encontro à árvore.

5 A morte, que não depende de nós, não é de nossa culpa. Estou ainda como quem se vê debaixo de uma névoa de lágrimas e ainda não consigo raciocinar com segurança.

6 Meu avô João Basile me trouxe aqui a meu pedido para dizer-lhes que vou melhorar mais depressa se me auxiliarem com a fé em Deus.

7 Mamãe, conforte meu pai e diga-lhe que estou bem. Agradeço as orações e votos que me dirigem, mas preciso ficar forte.

8 Não posso escrever mais, mas peço à senhora, ao papai e às meninas, que recebam muitos abraços do filho e irmão agradecido, sempre seu,


Laurinho


IDENTIFICAÇÕES


LAURINHO — Lauro Basile Filho, nascido em 17 de março de 1958, na cidade de Casa Branca, Estado de São Paulo. Desencarnado a 12 de dezembro de 1976, em acidente automobilístico, na rodovia Poços de Caldas/Casa Branca.

PRISCILLA — Mãe de Laurinho. Ortografia correta do meu nome, embora eu mesma o escreva com um só “l”.

MÃE LOURDES — Avó materna, residente em Casa Branca. Sempre chamou o neto de filho.

SELMA — Irmã de Laurinho, e muito chegada a ele talvez pela pouca diferença de idade.

RACHEL — Irmã de Laurinho, casada. Ortografia correta do nome.

YOLANDA — Irmã de Laurinho, casada. Ortografia correta do nome.

LUCILA — Irmã caçula de Laurinho, tem o apelido , mas o irmão só a chamava pelo nome ou por Lu.

JOÃO BASILE — Avô paterno, desencarnado em agosto de 1958.


Priscilla Pereira da Silva Basile


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