“Recebestes o Espírito Santo quando crestes?” — (ATOS, 19.2)
1 O católico recolhe o sacramento do batismo e ganha um selo para identificação pessoal na estatística da Igreja a que pertence.
2 O reformista das letras evangélicas entra no mesmo cerimonial e conquista um número no cadastro religioso do templo a que se filia.
3 O espiritista incorpora-se a essa ou àquela entidade consagrada à nossa Doutrina Consoladora e participa verbalmente do trabalho renovador.
4 Todos esses aprendizes da escola cristã se reconfortam e se rejubilam.
5 Uns partilham o contentamento da mesa eucarística que lhes aviva a esperança no Céu; outros cantam, em conjunto, exaltando a Divina Bondade, aliciando largo material de estímulo na jornada santificante; outros, ainda, se reúnem, ao redor da prece ardente, e recebem mensagens luminosas e reveladoras de emissários celestiais, que lhes consolidam a convicção na imortalidade, além…
6 Todas essas posições, contudo, são de proveito, consolação e vantagem.
É imperioso reconhecer, porém, que se a semente é auxiliada pela adubação, pela água e pelo sol, é obrigada a trabalhar, dentro de si mesma, a fim de produzir.
7 Medita, pois, na sublimidade da indagação apostólica: — “Recebeste o Espírito Santo quando creste?”
8 Vale-te da revelação com que a fé te beneficia e santifica o teu caminho, espalhando o bem.
9 Tua vida pode converter-se num manancial de bênçãos para os outros e para tua alma, se te aplicares, em verdade, ao Mestre do Amor. 10 Lembra-te de que não és tu quem espera pela Divina Luz. É a Divina Luz, força do Céu ao teu lado, que permanece esperando por ti.
Emmanuel