1 O Grande Rei, a princípio, não levou em consideração tamanhos desatinos.
— “Os filhos eram ainda muito jovens”, — afirmava ele aos cooperadores fiéis.
2 E, interessado em auxiliar os pequenos príncipes com todos os recursos ao seu alcance, mandou que os mensageiros lhes trouxessem embarcações para incentivarem as relações amigas uns com os outros; maquinaria com que revolvessem o solo, facilitando os serviços da lavoura; carros para auxiliá-los nos transportes e teares para a confecção de tecidos diversos. 3 Preocupado, ainda, em tornar a vida mais agradável na grande escola, o Pai Amoroso determinou aos colaboradores que ensinassem aos príncipes o alfabeto com que pudessem fixar os pensamentos, a arte para embelezarem o santuário doméstico e a indústria e o comércio a fim de desenvolverem a fraternidade e o espírito de serviço.
4 Os filhos do Grande Rei, todavia, longe de se aproveitarem de tantos bens para serem mais sábios e compassivos, utilizaram os recursos divinos para fomentar a discórdia e a destruição, chegando alguns deles a sustentar o secreto desejo de serem mais poderosos que o próprio Pai, aniquilando-o, talvez.
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Veneranda