1 O soberano, embora fosse tão ofendido, não se revoltou nem se magoou, porque todo pai tem reservas infinitas de amor.
2 Observando, porém, que os filhos lhe desobedeciam às ordens, perturbando a harmonia da escola e destruindo os próprios bens, convocou nova reunião dos colaboradores, de modo a ouvi-los sobre as providências que lhe competia tomar.
3 Reconhecendo as justas preocupações do Rei, os conselheiros passaram ao movimento de opinião.
4 Um deles considerou que seria melhor destruir o educandário e começar outra experiência educativa.
5 Outro consultou o Soberano quanto à possibilidade da aplicação de pesados castigos aos príncipes rebeldes e ingratos.
6 O Poderoso Senhor, no entanto, dedicava muito carinho à escola e muito amor aos filhos queridos.
7 Ambas as propostas estavam em estudo, quando outro cooperador perguntou se não seria mais razoável tratar a questão pela justiça. Não seria justo tentar medidas de muito carinho, porque os príncipes se mostravam endurecidos, mas também não convinha corrigi-los com excessivo rigor, em vista de serem jovens com reduzida experiência da vida.
8 O Rei Sábio e Generoso considerou a ideia excelente e, com aprovação geral, deliberou aplicá-la.
9 Finda a reunião, enviou dois juízes para acompanharem permanentemente os príncipes; o primeiro encarregar-se-ia de fazer as retificações possíveis e o segundo estaria incumbido de reconduzi-los à presença paternal, para julgamento necessário, em momento oportuno.
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Veneranda