1 ENTÃO, o bondoso Cipião pigarreou mais uma vez e prosseguiu:
— Depois de organizados os mares e florestas, o Grande Senhor passou a tratar de vários departamentos da escola. A situação dos principezinhos preocupava-lhe o amor paternal e, valendo-se dos conselheiros e trabalhadores de seu reino, procurou garantir-lhes a saúde e a alegria, o trabalho e o estudo. Construída a escola, em pleno céu, mandou o soberano que, ao lado dos mares enormes e das matas imensas, fossem colocadas montanhas e vales, longas planícies e picos prodigiosos, repletos de riqueza e verdura.
2 Para que não faltasse claridade viva ao educandário, ordenou o rei que toda a construção se efetuasse sob vigoroso foco de luz criadora, cujos raios fizessem o dia, proporcionando vida e calor em abundância; e, para que a noite não escurecesse a escola, totalmente, recomendou a instalação de lâmpada suave e enorme, reconfortando a região com abençoado luar.
3 O soberano, cheio de sabedoria e carinho, em todas as providências sempre revelou a maior atenção, relativamente ao problema da luz, para que os seus filhos, ainda jovens, nunca se mergulhassem nas trevas do entendimento.
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Veneranda