1 OBSERVANDO que os serviços básicos da escola estavam prontos, o grande senhor chamou os conselheiros e lhes falou com bondade:
— Desejo confiar aos meus filhos alguns vegetais preciosos dos meus celeiros, a fim de que suavizem a luta do ganha-pão nos dias do futuro.
2 E, em breve, as árvores frutíferas eram cultivadas nos grandes patrimônios do educandário, junto dos legumes tenros e substanciosos. Troncos robustos estenderam traços verdes, carregados de flores e frutos; arbustos delicados derramaram grãos preciosos, e ervas frágeis ofereceram saborosas folhas. Para que produzissem harmoniosamente, determinou o rei que as chuvas fossem divididas e controladas.
3 Quando se misturavam, viçosos e triunfantes, os jardins e os pomares, o soberano convocou novamente os cooperadores e disse-lhes:
— Pretendo entregar aos meus filhinhos auxiliares amigos que os ajudem, gratuitamente, no aprendizado. Para isso, confiaremos à escola alguns seres ainda fracos de inteligência, que possam auxiliá-los, recebendo deles, ao mesmo tempo, carinho e educação.
4 Desde essa hora, numerosos animais foram trazidos ao educandário maravilhoso. Aves formosas e amigas povoaram os ares, louvando o Grande Senhor e purificando a atmosfera. Bois, cães, muares e ovelhas, ao lado de muitas outras criaturas úteis, passaram a cooperar, em favor dos pequenos príncipes, para que as lutas lhes fossem menos ásperas.
5 Esboçando largo sorriso de contentamento, o velhinho calou-se e passeou o olhar pelo bando álacre…
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Veneranda