1 Eras ainda cândida meninaE trazias, no entanto, a chama peregrina Da fé na paz de Deus que te abençoa;E da fé escutaste a bela trilogia que te deixou cantando de alegria: Ama, serve e perdoa.
2 Cresces em dias claros e risonhos; Rogas ao Céu, na aurora de teus sonhos, Um lar feliz como a Terra apregoa…Sobe a tua oração e eis que o tempo se apresta; Ganhas o lar e o lar te disse em festa:Ama, serve e perdoa.
3 O companheiro deu-te quatro filhos, Três estrelas, mostrando doces brilhos, E um Sol de pleno amor que te atordoa… Três filhas amorosas e um menino,A dizer-te no olhar embora pequenino: Ama, serve e perdoa.
4 Mas a Terra ainda é um mundo em que a dor mora! E na casa tranquila que te enflora,Cai a chuva de fel que aperfeiçoa… Morre o filho, já moço, de improviso, Choras!… E ele te fala num sorriso: Ama, serve e perdoa.
5 Enxugadas as lágrimas da prova, Partes com ele para a vida nova, Onde a necessidade se amontoa… Vestindo os nus e amparando os caídos,Eis que o filho te segue e fala-te aos ouvidos: Ama, serve e perdoa.
6 Agora, o companheiro, em difícil mudança, Necessita de paz e de esperança!…Perturbação do mundo não te doa… Nada lhe exijas!… Segue, alma querida, Que ele próprio descubra a luz da vida, Ama, serve e perdoa.
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