1 Oi, caras!
É isso.
A pedida é boa.
2 Vejam que o assunto não é moleza.
Negócio pra Espírito super-avançado. E o caso é que ainda sou um perna-de-pau das letras.
3 Mas não posso dar um chega-pra-lá na patota. n
Sei que vivo agora dando um duro danado, pra faturar conhecimento.
É lição pra lá e lição pra cá. Mesmo assim, não quero ficar no mocó.
4 Morte por suicídio é a maior fajutagem que vejo por aqui.
Fujam de qualquer papa de grilos na cuca.
Façam alguma pensada e perceberão estas palas.
5 Se vocês puderem dar bola ao que digo, não entrem nessa tubulação. Guentem as pontas e não marquem bobeira.
6 Muito gajo perde a gatinha e manda o pau-de-fogo na moringa, quando há tanto doce de coco que não quer dar mau passo, esperando o considerado para formar uma casa bacana.
7 Muitos outros dão cambalachos e fazem trampos, querendo uma nota violenta em passe de mágica e na hora do vamos ver com Dona Maria, colocam a morte por dentro dos gorgumilos quando poderiam partir pra certa.
8 É muita gente nesses carros de gamação errada, de erva da morte, de embalados da pifa e da fossa maluca que se tornam presuntos, por conta própria, e pintam por aqui com as marcas do que fizeram neles mesmos. Dão a doida para abotoarem o paletó de madeira e vão chegando baratinados em outra vida como quem saiu da bananosa para a pior.
9 Se vocês querem saber o que é suicídio e se este fichinha aqui pode meter a boca no trombone pra vocês, não venham pra cá nessa rampa.
Vocês quebrariam a própria cara.
10 Fiquem por aí, sem lançar a pedreira da obrigação.
11 A Morte na Terra sabe qual é o tempo de empacotar cada um.
Vocês não são precisados de pressa.
12 Nas horas da zebra, guentem firmes, porque Deus não tem sono e nos dá sempre o melhor.
Augusto Cezar
[1] Obs. Para melhor compreensão de algumas expressões utilizadas pelo autor espiritual vide Glossário de gírias.