“O amor do Cristo nos constrange.” — Paulo. (2 CORÍNTIOS, 5.14)
1 Quando Jesus encontra santuário no coração de um homem, modifica-se-lhe a marcha inteiramente.
2 Não há mais lugar dentro dele para a adoração improdutiva, para a crença sem obras, para a fé inoperante.
3 Algo de indefinível na terrestre linguagem transtorna-lhe o Espírito.
4 Categoriza-o a massa comum por desajustado, entretanto, o aprendiz do Evangelho, chegando a essa condição, sabe que o Trabalhador Divino como que lhe ocupa as profundidades do ser.
5 Renova-se-lhe toda a conceituação da existência.
6 O que ontem era prazer, hoje é ídolo quebrado.
7 O que representava meta a atingir, é roteiro errado que ele deixa ao abandono.
8 Torna-se criatura fácil de contentar, mas muito difícil de agradar.
9 A voz do Mestre, persuasiva e doce, exorta-o a servir sem descanso.
10 Converte-se-lhe a alma num estuário maravilhoso, onde os padecimentos vão ter, buscando arrimo, e por isso sofre a constante pressão das dores alheias.
11 A própria vida física afigura-se-lhe um madeiro, em que o Mestre se aflige. É-lhe o corpo a cruz viva em que o Senhor se agita crucificado.
12 O único refúgio em que repousa é o trabalho perseverante no bem geral.
13 Insatisfeito, embora resignado; firme na fé, não obstante angustiado; servindo a todos, mas sozinho em si mesmo, segue, estrada a fora, impelido por ocultos e indescritíveis aguilhões…
14 Esse é o tipo de aprendiz que o amor do Cristo constrange, na feliz expressão de Paulo.
15 Vergasta-o a luz celeste por dentro até que abandone as zonas inferiores em definitivo.
16 Para o mundo, será inadaptado e louco.
Para Jesus, é o vaso das bênçãos.
17 A flor é uma linda promessa, onde se encontre.
O fruto maduro, porém, é alimento para Hoje.
18 Felizes daqueles que espalham a esperança, mas bem-aventurados sejam os seguidores do Cristo que suam e padecem, dia a dia, para que seus irmãos se reconfortem e se alimentem no Senhor!
Emmanuel