“Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra.” — Jesus. (JOÃO, 8.43)
1 A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.
2 Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.
3 Emprestar sem exigir retribuição.
4 Desculpar incessantemente.
5 Amar os próprios adversários.
6 Ajudar aos caluniadores e aos maus.
7 Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.
8 Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.
9 Creem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas.
10 A preocupação da posse lhes absorve a existência.
Reclamam o ouro do solo, o pão do celeiro, o linho usável, o equilíbrio da carne, o prazer dos sentidos e a consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de simples usufrutuários do mundo em que se encontram, e nunca refletem na transitoriedade de todos os patrimônios materiais, cuja função única é a de lhes proporcionar adequado clima ao trabalho na caridade e na luz, para engrandecimento do Espírito eterno.
11 Registram os chamamentos do Cristo, todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária.
12 Percebem, mas não ouvem.
Informam-se, mas não entendem.
13 Nesse campo de contradições, temos sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos.
14 Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo das formas perecíveis.
15 São preciosas estações de serviço aproveitável, com o equipamento, porém, ocupado em atividades mais ou menos inúteis.
16 Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.
Emmanuel