“…Mostrou-lhes as suas mãos…” — (JOÃO, 20.20)
1 Reaparecendo aos discípulos, depois da morte, eis que Jesus, ao se identificar, lhes deixa ver o corpo ferido, mostrando-lhes destacadamente as mãos…
2 As mãos que haviam restituído a visão aos cegos, levantado paralíticos, curado enfermos e abençoado velhinhos e crianças, traziam as marcas do sacrifício.
Traspassadas pelos cravos da cruz, lembravam-lhe a suprema renúncia.
3 As mãos do Divino Trabalhador não recolheram do mundo apenas calos do esforço intensivo na charrua do bem. Receberam feridas sanguinolentas e dolorosas…
4 O ensinamento recorda-nos a atividade das mãos em todos os recantos do Globo.
5 O coração inspira.
O cérebro pensa.
As mãos realizam.
6 Em toda parte, agita-se a vida humana pelas mãos que comandam e obedecem.
7 Mãos que dirigem, que constroem, que semeiam, que afagam, que ajudam e que ensinam… 8 E mãos que matam, que ferem, que apedrejam, que batem, que incendeiam, que amaldiçoam…
9 Todos possuímos nas mãos antenas vivas por onde se nos exterioriza a vida espiritual.
10 Reflete, pois, sobre o que fazes, cada dia.
11 Não olvides que, além da morte, nossas mãos exibem os sinais da nossa passagem pela Terra. 12 As do Cristo, o Eterno Benfeitor, revelavam as chagas obtidas na divina lavoura do amor. 13 As tuas, amanhã, igualmente falarão de ti, no mundo espiritual, onde, interrompida a experiência terrestre, cada criatura arrecada as bênçãos ou as lições da vida, de acordo com as próprias obras.
Emmanuel