“Quantos pães tendes? E disseram-lhe: — Sete.” — (MARCOS, 8.5)
1 Quando Jesus, à frente da multidão faminta, indagou das possibilidades dos discípulos para atendê-la, decerto procurava uma base, a fim de materializar o socorro preciso.
2 “Quantos pães tendes?”
3 A pergunta denuncia a necessidade de algum concurso para o serviço da multiplicação.
4 Conta-nos o evangelista Marcos que os companheiros apresentaram-lhe sete pãezinhos, dos quais se alimentaram mais de quatro mil pessoas, sobrando apreciável quantidade.
5 Teria o Mestre conseguido tanto se não pudesse contar com recurso algum?
6 A imagem compele-nos a meditar quanto ao impositivo de nossa cooperação, para que o Celeste Benfeitor nos felicite com os seus dons de vida abundante.
7 Poderá o Cristo edificar o santuário da felicidade em nós e para nós, se não puder contar com os alicerces da boa vontade em nosso coração?
8 A usina mais poderosa não prescinde da tomada humilde para iluminar um aposento.
9 Muitos esperam o milagre da manifestação do Senhor, a fim de que se lhes sacie a fome de paz e reconforto, mas a voz do Mestre, no monte, continua ressoando, inesquecível:
— Que tendes?
10 Infinita é a Bondade de Deus, todavia, algo deve surgir de nosso “eu”, em nosso favor.
11 Em qualquer terreno de nossas realizações para a vida mais alta, apresentemos a Jesus algumas reduzidas migalhas de esforço próprio e estejamos convictos de que o Senhor fará o resto.
Emmanuel