“E, tendo medo, escondi na terra o teu talento…” — (MATEUS, 25.25)
1 Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita.
2 Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.
Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.
3 Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica, há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam. E recolhem-se à ociosidade, alegando o medo da ação.
4 Medo de trabalhar.
5 Medo de servir.
6 Medo de fazer amigos.
7 Medo de desapontar.
8 Medo de sofrer.
9 Medo da incompreensão.
10 Medo da alegria.
11 Medo da dor.
12 E alcançam o fim do corpo, como sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a existência.
13 Na vida, agarram-se ao medo da morte.
Na morte, confessam o medo da vida.
14 E, a pretexto de serem menos favorecidos pelo destino, transformam-se, gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.
15 Se recebeste, pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. 16 Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.
Emmanuel