“Ora, Tomé, um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio.” — (JOÃO, 20.24)
1 Tomé, descontente, reclamando provas, por não haver testemunhado a primeira visita de Jesus, depois da morte, criou um símbolo para todos os aprendizes despreocupados das suas obrigações.
2 Ocorreu ao discípulo ausente o que acontece a qualquer trabalhador distante do dever que lhe cabe.
3 A edificação espiritual, com as suas bênçãos de luz, é igualmente um curso educativo.
4 O aluno matriculado na escola, sem assiduidade às lições, apenas abusa do estabelecimento de ensino que o acolheu, porquanto a simples ficha de entrada não soluciona o problema do aproveitamento. 5 Sem o domínio do alfabeto, não alcançará a silabação. Sem a posse das palavras, jamais chegará à ciência da frase.
6 Prevalece idêntico processo no aprimoramento do Espírito.
7 Longe dos pequeninos deveres para com os irmãos mais próximos, como habilitar-se o homem para a recepção da graça divina? Se evita o contato com as obrigações humildes de cada dia, como dilatar os sentimentos para ajustar-se às glórias eternas?
8 Tomé não estava com os amigos quando o Mestre veio. Em seguida, formulou reclamações, criando o tipo do aprendiz suspeitoso e exigente.
9 Nos trabalhos espirituais de aperfeiçoamento, a questão é análoga.
Matricula-se o companheiro, na escola de vida superior, entretanto, ao invés de consagrar-se ao serviço das lições de cada dia, revela-se apenas mero candidato a vantagens imediatas.
10 Em geral, nunca se encontra ao lado dos demais servidores, quando Jesus vem; logo após, reclama e desespera.
11 A lógica, no entanto, jamais abandona o caminho reto.
12 Quem desejar a bênção divina, trabalhe pela merecer.
O aprendiz ausente da aula não pode reclamar benefícios decorrentes da lição.
Emmanuel