1 Meu caro Jaks.
Muita paz!
2 Não tema, nem receie.
O timoneiro do barco é o Senhor. Coloquemos sobre o leme as nossas mãos e esperemos n’Ele.
3 O trabalho é delicado na administração, mas se a alegria humana pertence àqueles que a procuraram, a humildade divina é dos corações que a buscam. 4 Despreocupados do império do “eu”, alcançaremos o Reino de Deus.
5 O discípulo fiel não pede, nem rejeita. Aceita as determinações do Senhor, com a deliberação ardente de obedecer para maior glória de Quem tudo nos deu.
6 Continuemos, assim, de esperanças entrelaçadas. 7 O amor do amigo verdadeiro desce abaixo das raízes ou se eleva acima das estrelas.
Por isto, o Mestre chamou amigos ( † ) aos aprendizes da hora primeira.
8 Nossa reunião tem imperativos a que não poderemos fugir. Subiremos com a graça celeste. Não descansaremos, até que todos respirem no cimo do monte. 9 O cascalho do personalismo excessivo ainda é, Jaks, o grande impedimento da jornada. Demora-se nas bases da senda e por isto mesmo nos dilacera os pés. Contudo, ainda que nossos pés sangrem na estrada, recordar-nos-emos de que Jesus lavou os pés dos discípulos e purificou-os. ( † )
10 Haja mais amor nos corações para que o rio das dádivas transite no santuário sem prejuízo ao bem coletivo.
11 Até mesmo para receber a felicidade é preciso preparação. Sem vaso adequado os bens do Alto se contaminam com as perturbações do campo inferior, qual acontece à gota diamantina que se converte em lama quando cai na poeira da Terra.
12 Grande é a missão do templo e os irmãos que oficiam em seus altares não lhe podem esquecer as finalidades sublimes. “Muito se pedirá daquele que muito recebeu.” ( † )
13 E o nosso grupo não se constituiu ao acaso. Trabalhemos servindo ao bem com esquecimento de todo mal.
14 Atende, ainda e sempre, meu amigo, aos teus deveres do primeiro instante, com lágrimas de alegria. Não te arrependerás de haver renunciado.
E sentirás conosco, mais tarde, o supremo júbilo, de reconhecer que doce é o jugo do Senhor e que em companhia d’Ele muito leve e sublime é o peso de nossos pequeninos trabalhos na Causa Humana.
André Luiz
[1] O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada pela FEB em 1962, e é a 45ª lição do
livro “Relicário de luz.”