O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Estamos vivos — Familiares diversos


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Magno Cardoso

Carta ligeira de irmão reconhecido

Magno Cardoso n


1 Túlio, n Meu querido irmão, meu filho, Deus nos abençoe.

2 Muito me comoveram os sentimentos que você me envia, e venho dizer-lhe que estou bem, apesar da falta que sinto da família e de casa.

3 Apesar de muito amparado por diversos familiares, sinto muitas saudades dos mesmos e espero que você e a família estejam fortes e tranquilos.

4 Nossa mãe segue muito confortada e pede a você auxiliar com as suas vibrações de paz ao nosso pai Childerico.

5 Meu caro Túlio, não se aflija pelo fato de não lhe ter sido possível acompanhar os momentos últimos de nossa mãezinha. n

6 Ela sabe que você foi afastado por alguns momentos, por benfeitores espirituais que julgaram oportuna a sua ligeira ausência para que ela descansasse.

7 Peço a Deus abençoe o seu lar, a esposa e os filhos, que precisam de seu amparo e carinho.

8 Muito grato, mais uma vez, por sua generosidade, irmão amigo; deixa-lhe um grande abraço, nesta carta ligeira, o seu irmão reconhecido, n


Magno


De nossa entrevista, na tarde de 19 de março de 1989, com o Dr. Túlio Régis Cardoso, residente à Rua Senador Feijó, 31, apartamento 402, fone: 333-3868, em Uberaba, Minas, distinto Cirurgião-Dentista e Professor de Prótese Clínica na Policlínica Getúlio Vargas da Universidade de Uberaba — UNIUBE —, casado com a Sra. Professora Simone Márcia da Silva Cardoso, colhemos o seguinte sobre a mensagem de Magno, recebida pelo médium Xavier, no Grupo Espírita da Prece, na noite anterior:


1 — Magno Cardoso nasceu em Nova Ponte, Minas Gerais, a 19 de janeiro de 1953, aí desencarnando a 29 de maio de 1956, em consequência de tétano, após ter se submetido à nefrectomia (rim esquerdo), filho do Dr. Childerico Chevalier Cardoso, advogado, residente em Monte Carmelo, MG, e de D. Ida Cardoso Chevalier, nascida a 2 de setembro de 1922, e desencarnada a 16 de junho de 1988.


2 — Dr. Túlio, que nascera a 25 de setembro de 1957, não tendo, portanto, conhecido o irmão, no Plano físico, senão através dos brinquedos que dele herdou, sempre ouvia dos pais que Magno era uma criança saudável, de olhos azuis esverdeados, forte, inteligente; que em outubro de 1955, após lhe surgirem no rosto alguns pêlos e acne, foi levado a Uberaba, em busca de recursos médicos; que Dr. Osvaldo Martins de Oliveira encaminhou-o à Capital Paulista, com endereço do Dr. Luciano Decourt, do Hospital São Paulo; que uma vez constatado o diagnóstico de tumor maligno na suprarenal esquerda, e feita a nefrectomia, Magno ficou em tratamento, em sua terra natal, de novembro de 1955 até maio de 1956, quando desencarnou com três anos, quatro meses e dez dias.


3 — “Meu caro Túlio, não se aflija pelo fato de não lhe ter sido possível acompanhar os momentos últimos de nossa mãezinha. / Ela sabe que você foi afastado por alguns momentos, por benfeitores espirituais que julgaram oportuno a sua ligeira ausência para que ela descansasse.” — Para que possamos nos inteirar devidamente do conteúdo destes passos da carta mediúnica, nada melhor que relermos o Capítulo L — “A Desencarnação de Fernando”—, de Os Mensageiros, do Espírito de André Luiz, recebido pelo médium Xavier, em 1944, quando os familiares encarnados do moribundo, ali presentes, emitindo recursos magnéticos em seu benefício, mas absolutamente inúteis para devolver-lhe o equilíbrio orgânico, foram afastados para que os Benfeitores Espirituais pudessem completar o chamado processo liberatório.

“Aproveitou Aniceto a serenidade ambiente” — diz André Luiz, às págs. 257-258 da 4ª edição, FEB, Rio, 1956) — “e começou a retirar o corpo espiritual de Fernando, desligando-o dos despojos, reparando eu que iniciara a operação pelos calcanhares, terminando na cabeça, à qual, por fim, parecia estar preso o moribundo por extenso cordão, tal como se dá com os nascituros terrenos. Aniceto cortou-o com esforço. O corpo de Fernando deu um estremeção, chamando o médico humano ao novo quadro. A operação não fora curta e fácil. Demorara-se longos minutos, durante os quais vi o nosso instrutor empregar todo o cabedal de sua atenção e talvez de suas energias magnéticas.

A família do morto, informada pelo senhor Januário, aflita penetrou no quarto, ruidosamente.

A genitora desencarnada, porém, auxiliada por Aniceto e pelo facultativo espiritual que nos levara até ali, prestou ao filho os socorros necessários. Daí a instantes, enquanto a família terrena se debruçava em pranto sobre o cadáver, a pequena expedição constituída por três entidades, as duas senhoras e o clínico, saía conduzindo o desencarnado ao instituto de assistência, reparando eu, contudo, que não saíam utilizando a volitação, mas caminhando como simples mortais.”


4 — Ao procurar o médium Xavier, Dr. Túlio informou-nos que esperava, tão somente, que sua genitora lhe trouxesse palavras de consolo, a ele, à sua esposa e ao filhinho Guilherme, já que se achava deprimido, jamais pensando no irmão que não chegara a conhecer, nesta existência.

Do médium de Emmanuel, além da mensagem, Dr. Túlio apenas recebeu um recado de sua mãezinha, afirmando que Magno, hoje, é um rapaz de 27 anos, trabalhando com outros jovens na Seara do Bem.


Elias Barbosa


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