1 Desta história, recolhida por André Luiz entre a Terra e o Céu, destacam-se os impositivos do respeito que nos cabe consagrar ao corpo físico e do culto incessante de serviço ao bem, para retirar-nos da romagem terrena as melhores vantagens à vida imperecível.
2 Neste livro, não somos defrontados por qualquer situação espetaculosa. Nem heróis, encarnando virtudes dificilmente acessíveis. Nem anjos inabordáveis.
3 Em cada capítulo, encontramos a nós mesmos, com nossos velhos problemas de amor e ódio simpatia e desafeto, através da cristalização mental em certas fases do caminho, na penumbra de nossos sonhos imprecisos ou na sombra das paixões que, por vezes, nos arrastam a profundos despenhadeiros.
4 Em quase todas as páginas, temos a vida comum das almas que aspiram à vitória sobre si mesmas, valendo-se dos tesouros do tempo, para a aquisição de luz renovadora.
5 Aqui, os quadros fundamentais da narrativa nos são intimamente familiares…
6 O coração aflito em prece.
7 A mente paralisada na ilusão e na dor.
8 O lar varrido de provações.
9 A senda fustigada de lutas.
10 O desvario do ciúme.
11 O engano da posse.
12 Embates do pensamento.
13 Conflitos da emoção.
14 E sobre a contextura dos fatos puros e simples paira, por ensinamento central, a necessidade de valorização dos recursos que o mundo nos oferece para a reestruturação do nosso destino.
15 Em muitas ocasiões, somos induzidos a fitar a amplidão celestial, incorporando energia para conquistar o futuro; entretanto, muitas vezes somos constrangidos a observar o trilho terrestre, a fim de entender o passado a que o nosso presente deve a sua origem.
16 Neste livro, somos forçados a contemplar-nos por dentro, no chão de nossas experiências e de nossas possibilidades, para que não nos falhe o equilíbrio à jornada redentora, no rumo do porvir.
17 Dele surge a voz inarticulada do Plano Divino, exortando-nos sem palavras:
— A Lei é viva e a Justiça não falha! 18 Esquece o mal para sempre e semeia o bem cada dia!… 19 Ajuda aos que te cercam, auxiliando a ti mesmo! 20 O tempo não para, e, se agora encontras o teu “ontem”, não olvides que o teu “hoje” será a luz ou a treva do teu “amanhã”!…
Emmanuel
Pedro Leopoldo, 23 de janeiro de 1954.