TEMA — Auto-exame.
1 É sempre muito fácil encastelar-nos na mágoa contra aqueles que interpretamos como sendo nossos ofensores, porque os melindres pessoais dispõem de capas multiformes para acobertar-nos o egoísmo com supostas razões. 2 Se estamos, porém, atentos à recomendação de Jesus, que nos solicita a reconciliação com os nossos adversários enquanto nos achamos a caminho com eles, ( † ) é forçoso saber alistar não apenas os males que partiram deles para nós, mas igualmente aqueles outros que partiram de nós para eles:
3 observar a gênese dos fatos que motivaram o desentendimento e positivar o tamanho de nossa participação na desarmonia em curso;
4 anotar as nossas vantagens e reconhecer honestamente se não estamos sendo os empreiteiros do arrasamento de nossos opositores;
5 estudar-lhes com sinceridade as atitudes para conosco e verificar se a dureza de coração é mais insistente de nosso lado;
6 analisar o nosso modo de ser e, depois de profunda introspecção, concluir se estamos incorrendo em teimosia e violência, simplesmente para humilhá-los com demonstrações de pretensa superioridade;
7 pesquisar do nosso próprio caráter se não seremos nós, em verdade, os turrões inveterados, incapazes de qualquer reconsideração de caminho, em favor da reorganização e da paz.
8 Em nos referindo a qualquer assunto de antagonismo ou desafeto, tenhamos a precisa coragem de comparecer diante de nossa própria consciência indagando, de nós mesmos, em que grau de culpa nos encontramos nas incompatibilidades de nós para com os outros, e, orando pelos que nos perseguem ou caluniam, ( † ) segundo os preceitos de Jesus, oremos também por nós, a fim de que sejamos esclarecidos, em nosso próprio favor, de maneira a não nos constituirmos, na estrada alheia, em pedra de tropeço ou em veículo do mal.
Emmanuel