1 “Não basta dizer — Senhor! Senhor!” ( † ) — equivale a assegurar que a fé não satisfaz, só por si, em nossa suspirada ascensão às bênçãos da vida imperecível. Observações simples da experiência vulgar, confirmam-nos o asserto.
2 O edifício para erguer-se com segurança exige plano adequada, mas não basta o projeto valioso para que a abra se concretize.
3 O lavrador sem a preparação justa do campo, não se abalançará naturalmente à sementeira, mas não vale tão somente o amanho do solo para que a colheita farta lhe coroe a tarefa.
4 No levantamento da casa, é imperioso que o arquiteto mobilize com atenção os materiais e instrumentos imprescindíveis, aproveitando a cooperação de braços obedientes, a fim de que a construção se materialize e, na lavoura comum, é indispensável que o operário da gleba se consagre ao suor, dia a dia, com a sustentação da semente escolhida, para que o pão, mais tarde, lhe sirva à mesa.
5 Nas Esferas do Espírito prevalecem os mesmos princípios e vigem as mesmas leis.
6 Cada criatura renasce na carne com um plano de ação a executar nas linhas do Eterno Bem.
7 Não bastará se refugie na certeza da Bondade Divina, para atender às obrigações que lhe cabem.
8 Não é suficiente a visão do Céu para equacionar as exigências do aprimoramento a que deve afeiçoar-se na Terra.
9 É inadiável a consagração de cada um de nós à obra viva da própria iluminação, para que a nossa confiança não seja infortunado jardim a entorpecer-se nas trevas.
10 Compreendamos que se Jesus admitisse a fé inoperante como penhor de vitória na vida, não teria descido da Glória Celestial para sofrer o convívio humano, testemunhando no próprio sacrifício as suas grandes lições!…
11 E, abraçando o serviço da redenção que nos é necessária, estejamos empenhados à edificação do bem de todos, porque ajudar a todos é auxiliar a nós próprios e educar-nos — a preço de trabalho e abnegação — e acender em favor dos outros, com a sublimação de nós mesmos, a bênção da própria luz.
Emmanuel