“Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem…” — JESUS (Mateus 5:44)
1 Tão necessário se faz o auxílio espontâneo aos inimigos, na preservação de nossa paz, quão imprescindível se torna a remoção apressada de um foco infeccioso, à nossa porta, a benefício da nossa própria saúde, visto que, alimentar o adversário, é manter um núcleo de raios destruidores contra nós.
2 Todos somos distribuidores de cargas eletromagnéticas, geradas em nosso próprio ser.
3 A simpatia é corrente de auxílio que estendemos em nosso favor.
4 A antipatia é força asfixiante que lançamos em prejuízo próprio.
5 Toda energia projetada de nossa alma nos responde invariavelmente na reação de quem nos partilha as experiências.
6 Quem arremessa espinhos, improvisa chagas, cujas emanações lhe procuram a atmosfera pessoal.
7 Quem semeia flores, recolhe o perfume da cooperação e da boa vontade.
8 Claro que não podemos tratar todas as situações com elixires de pétalas adocicadas, porque, muita vez, a nossa melhor energia é convidada ao serviço sacrificial e quase sempre incompreendido da defesa; entretanto, ainda mesmo nas horas mais difíceis convém mobilizar todos os recursos do bem, ao nosso alcance, para que o respeito não ceda lugar à revolta e para que a sinceridade amiga não se converta em disfarce injusto.
9 Instalemos, dentro de nós, o legítimo discernimento que reconhece cada criatura em seu lugar e cada acontecimento no minuto que lhe é próprio. Protegidos por semelhante entendimento, não aguardaremos uvas do espinheiro, nem pediremos as graças da colheita ao campo que apenas exibe promessas de sementeira.
10 Quando a treva se desdobra em torno de nossos passos, não vale vociferar contra as sombras ou persegui-las inutilmente. Bastará acender uma luz para que a estrada se descortine novamente à visão.
11 Assim, pois, evitemos o cultivo do espinheiral magnético na infeliz manutenção de adversários que podemos relegar ao esquecimento, quando, de imediato não lhes possamos confiar o cântaro delicado do nosso amor.
12 Usemos o silêncio, a desculpa e a compreensão, com exemplo vivo do nosso próprio esforço na edificação do bem e o tempo se incumbirá de tudo transformar, em auxílio de nossa felicidade, dentro dos imperativos inevitáveis da constante renovação.
Emmanuel