1 Frequentemente, na Terra, atravessamos vários lustros, aguardando a nomeação do Governo Divino para o desempenho de alevantadas missões.
2 Sonhamos com o erguimento de escolas e hospitais, templos e instituições outras de subido relevo que nos gravem o nome no apreço público.
3 O tempo corre… E, na expectativa de considerações e privilégios, poucos se precatam de que o corpo físico, relativamente robusto, já representa em si valiosa delegação de competência para a execução de tarefas respeitáveis diante do Senhor.
4 Nem sempre conseguimos responsabilizar-nos, de pronto, pelas despesas integrais de um educandário ou de um sanatório; 5 raros sustêm exclusivamente com os recursos da própria bolsa, um dispensário ou uma creche; entretanto, os alicerces das grandes obras já se encontram em nossas mãos:
6 menino desamparado, rogando assistência à porta;
7 parente obsesso em casa, reclamando-nos paciência;
8 vizinho em dificuldades, requerendo socorro;
9 companheiro difícil, esperando cooperação…
10 Ninguém precisa exibir as credenciais de um técnico para estender os braços ao irmão caído em penúria e nem ostentar os conhecimentos de um poliglota para reconfortar o amigo que resvala no desespero.
11 Com isso, não queremos dizer que não nos cabe desejar altura e aprimoramento. Estamos indistintamente endereçados à elevação e indiscutivelmente colocados, pela Sabedoria Infinita, no lugar certo de fazer o melhor ao nosso alcance.
12 Forçoso, porém, reconhecer que não há construção sem base. Estudo é dever. Serviço é obrigação. E todos necessitamos aprender para servir e servir para orientar.
Emmanuel