“Orando também juntamente por nós para que Deus nos abra a porta da palavra…” Paulo. (Colossenses, 4.3.)
1 A atualidade terrestre dispõe dos mais avançados processos de comunicação entre os homens.
2 Num só dia, aviões sobrevoam nações diversas.
3 O rádio e a televisão alteram o antigo poder do espaço.
4 Quantos milhões de criaturas, porém, se reconhecem profundamente isoladas dentro de si, ainda mesmo quando parte integrante da multidão?
5 Quantos seres humanos varam largos trechos da existência, expedindo apelos ao socorro espiritual de outros seres humanos, sem qualquer resposta que lhes asserene o campo emotivo?
6 O que mais singulariza o problema é que nem sempre vale a presença material de alguém para o auxílio de que outro alguém se reconhece necessitado. Quem sofre prefere a solidão à companhia daqueles que lhes agravam o sofrimento.
7 Todos nós carecemos de alívio na hora da angústia ou de apoio em momentos difíceis, e, para isso, contamos receber daqueles que nos rodeiam a frase compreensiva e conveniente. 8 Entanto, nesse sentido, não bastará que os nossos benfeitores nos manejem corretamente o idioma ou nos identifiquem o grau de cultura. 9 É imperioso nos conheçam os sentimentos e problemas, os ideais e realizações.
10 Meditemos, pois, na importância do verbo e roguemos a Deus nos inspire, a fim de encontrarmos a porta adequada à palavra certa e sermos úteis aos outros, tanto quanto esperamos que os outros sejam úteis a nós.
Emmanuel
(Nova Iorque, NI., EUA., 4, julho, 1965.)