O Evangelho segundo o Espiritismo — Cap. XVIII — Item 16
O Livro dos Espíritos — Questão 167
1 No Plano físico, onde apareça a cultura social, multiplicam-se dispositivos de segurança contra desastres.
Isso, porém, deve igualmente ocorrer no reino da alma.
2 Se já acordaste para o conhecimento superior, caminhas à frente com a função de guiar.
3 Convence-te de que quanto mais se te amplie o aperfeiçoamento íntimo, mais dilatado o número dos olhos e dos ouvidos que te procuram ver e escutar, de vez que todos aqueles que se afinam contigo, em subalternidade espiritual, passam, mecanicamente, à condição de aprendizes que te observam.
4 Não te descuides, pois, do amparo aos que te acompanham no educandário da vida, entendendo-se que existem quedas de pensamento determinando lamentáveis acidentes de espírito.
5 Em toda situação, seleciona palavras e atitudes que possam efetivamente ajudar.
6 Ante as falhas alheias, não procedas irrefletidamente, censurando ou aprovando isso ou aquilo, sem análise justa, a pretexto de assegurar a harmonia, mas define-te com bondade, providenciando corretivos aconselháveis, sem alarde e sem aspereza.
7 Se aparece a necessidade de advertência ou repreensão, já que toda escola respeitável reclama disciplina, oferece o próprio exemplo no dever retamente cumprido, antes de falar, e, falando, escolhe, tanto quanto seja possível, lugar, tempo e maneira, segundo os comprometimentos havidos na causa do bem comum.
8 Lendo noticiários calamitosos ou livros indesejáveis, destaca os assuntos que te pareçam dignos de apreço e examina-os com os irmãos do teu nível de experiência, evitando comentários inconvenientes com os amigos de entendimento imaturo.
9 Espalhando publicações ou divulgando-as, consagra atenção apenas àquelas suscetíveis de beneficiar os leitores.
10 Diante de todas as divergências, conflitos, desesperos e inquietações, articula ideias de paz e pronuncia frases de paz, sem desconhecer embora que todos nos achamos em luta incessante contra o mal e que nenhuma pessoa realmente esclarecida pode acreditar-se em ilusória neutralidade. 11 Pacifica os outros, através de tua cooperação despretensiosa e espontânea na formação da tranquilidade alheia, sem enganar a ninguém com a expectativa de um sossego que só existe naqueles que fogem das próprias obrigações e que nunca se previnem contra a desordem.
12 Administra, onde estiveres, o auxílio espiritual com a alavanca do próprio equilíbrio. 13 Vigilância sem violência. 14 Calma sem preguiça. 15 Consolo sem mentira. 16 Verdade sem drama.
17 Se já sabes o que deves fazer, no plano da alma, trazes o coração chamado a instruir, e um professor verdadeiro, enxergando mais longe, não apenas informa e ensina, mas também socorre e vela.
Emmanuel