1 A riqueza é lição.
A pobreza é prova.
A lição informa.
A provação corrige.
2 A riqueza é possibilidade.
A pobreza é necessidade.
A possibilidade permite.
A necessidade dificulta.
3 A riqueza é malho.
A pobreza é bigorna.
O malho educa.
A bigorna ampara.
4 A riqueza é fonte.
A pobreza é solo.
A fonte fecunda.
O solo produz.
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5 Todavia, se a lição não se estende, é orgulho enquistado.
6 Se a provação não aperfeiçoa, é azorrague do desespero.
7 Se a possibilidade não auxilia à vitória do bem, é caminho ao império do mal.
8 Se a necessidade não aproveita, é porta à rebelião.
9 Se o malho comanda em excesso, é martelo destruidor.
10 Se a bigorna foge ao serviço, a obra em formação não atende aos seus fins.
11 Se a fonte não desfila, é charco perigoso.
12 Se a gleba é preguiçosa, faz-se imenso deserto.
13 Reconheçamos que riqueza e pobreza são simples condições do progresso comum e ajustadas em ordem, no trabalho constante, serão por toda parte como força divina, levantando a alma humana, da Terra para o Céu, em sublime ascensão.
Emmanuel
(Anuário Espírita 1990)